21.8.12

E seis sete já passaram, e sabes que mais? A dor não desaparece, a vontade de te querer ter comigo não pára de crescer, e eu não sei como a fazer parar. Eu tenho tentado não chorar, eu tenho tentado fazer-me de forte, mas começa a ser difícil, as fotografias, as memórias, a fotografia, todas as tuas máquinas, os teus relógios, é isso que te mantém vivo em mim. 
Sabes, apesar de os meses passarem, eu continuo a não acreditar, continuo a achar que um dia mais tarde vais voltar para mim, e que me vais voltar a abraçar e a dar beijinhos na testa, como só tu me davas, eu continuo a pensar que tu estás vivo, eu continuo a pensar que sim e isso sustenta a minha dor e as minhas mágoas. 
Eu não sabia o que era perder alguém tão próximo, eu não sabia, eu via as outras pessoas a perderem as pessoas que mais amavam, mas eu cá, no meu intimo, pensava que a mim isto nunca me iria acontecer, pensava sim, que tu irias estar sempre presente na minha vida, a comemorar todos os momentos que se atravessassem no meu caminho.
E hoje doeu, doeu muito, passei nos dois exames que tinha feito, mas sabes não me senti totalmente realizada, faltaste tu, faltaste tu para me dar os parabéns e para dizer o quanto estavas orgulhoso de mim, por eu me ter esforçado e por ter valido a pena, faltaste tu avô. Tal como me faltaste, quando passei no exame de código, eras a pessoa que mais me apoiava e que constantemente, me perguntava como as aulas estavam a correr, e agora tu não estás cá, e eu não te posso contar todas as minhas pequenas aventuras controladas nas aulas de condução.
E por muito que o tempo passe, isto que tenho cá dentro, que eu não sei como explicar, aquilo a que chamam dor e que também intitula de saudade, ainda está tão fresco, está tão presente na minha memória, tudo o que aconteceu naquele dia, sabes? Só gostava que o tempo voltasse atrás e que eu te pudesse dar, mais do que dei, e aproveitar cada momento como se fosse o último, mas como eu sei que o tempo não volta atrás, eu sonho contigo, e aí nós estamos juntos novamente.

11.4.12

Tenho saudades de ti no meu pensamento e no meu coração. Tenho saudades de pensar em ti e imaginar sei lá eu o quê. 
Parece que fugiste da minha alma e parece que não vais voltar, mas eu peço-te, volta, porque eu tenho saudades de te ter constantemente na minha cabeça. A falta que fazes para o meu corpo se sentir capaz de dar um passo em frente e não dois para trás. É verdade, eu sei que neguei e sei que disse que não te queria mais em mim, mas a verdade não é essa, eu não quero que estejas longe, não quero que não estejas em mim, eu quero ter-te todos os dias, a todas as horas, mesmo que eu tente evitar a todo o segundo. 
Falta-me isso, sabes? Falta-me o gosto da tua boca e o sabor do teu olhar a penetrar o meu, sinto falta disso e o certo, é que eu já não sei controlar este desejo incondicional que tanto tento que saía de mim. 
Não é o facto de estares longe que apaga tudo o que sinto, ou que deixo de sentir, acho que apenas fica adormecido e eu tento não dar conta e tento talvez não te procurar, mas eu sinto saudades de sonhar contigo, sinto saudades de sentir o teu cheiro tão perto do meu nariz, sim, é isso mesmo, eu sinto falta do teu corpo junto ao meu. E sabes que mais? Eu tenho saudades tuas.
Por mais que eu queira não consigo (nem quero) esquecer o nosso beijo naquela noite, volta por favor, eu tenho saudades tuas...